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Conversadoria com Joana Maçanita

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Reflexões sobre o lockdown em 2020

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25 de abril. A data que marca a Revolução dos Cravos que acabou com a ditadura em Portugal assinala também os meus 42 dias de isolamento. Quis escrever passados os primeiros quinze dias mas acho que ainda não tinha a medida do que estava se passando na minha cabeça. Quis escrever ao completar um mês, mas também pensava que a reclusão até que tinha sido enfrentada com valentia. Hoje, ao ouvir os vizinhos cantando à janela “Grândola, vila morena” atendendo um pedido do presidente da República para celebrar a data em casa ao invés das festas públicas de anos passados, achei que era chegada a hora de colocar em palavras tudo que se passava em meus pensamentos. Não tiro o mérito do sofrimento que muitos estão enfrentando neste período, não menosprezo os sentimentos e dores que muitos passam e não deixo de me entristecer por aqueles que seguem em luta constante pela volta ao normal de uma sociedade doente. Eu vejo e me compadeço de tudo isso mas me recuso a ver tragédia nesta possibilidade d